🎣 Pesqueiro Técnico
Em 19 de junho de 2024, o guia profissional Joshua Daniels, 42 anos, homologou junto ao Arizona Game and Fish Department (AZGFD) o novo recorde estadual de captura e soltura para o redear sunfish – também conhecido como perca-sol-orelhuda (Lepomis microlophus). O exemplar, capturado ao meio-dia no Lago Havasu (Arizona, EUA), pesou 2,15 kg, mediu 40,6 cm de comprimento e 45,7 cm de circunferência. A façanha ocorreu a 91 m da margem, sobre um platô em 4,6 m de profundidade, após leitura em sonar de imagem direta (forward-facing). O peixe atacou um micro jig de 0,89 g (Berkley Atomic Tube chartreuse) iscado com um pequeno pedaço de minhoca, manuseado em conjunto com linha de 2,7 kg e vara ultralight de 2,36 m. Depois de aferir peso e medidas em balança e réguas certificadas, o pescador devolveu o troféu vivo ao reservatório de 7.690 ha, visando futura recaptura e conservação do estoque.
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🐟 Características da Espécie / Contexto Técnico
O redear sunfish (Lepomis microlophus) pertence à família Centrarchidae – a mesma do bluegill e do black bass – e destaca-se pela mancha vermelha na extremidade da orelha opercular que origina seu nome comum em inglês. Embora nativo de parte do sudeste norte-americano, o animal foi introduzido em diversos reservatórios do sul e do oeste dos Estados Unidos graças à alta taxa de crescimento e ao valor da pesca recreativa. Diferentemente de outros sunfishes, o redear possui placas faríngeas robustas capazes de triturar moluscos, especialização que faz da espécie um importante controlador biológico de caramujos. Os maiores exemplares costumam frequentar áreas mais profundas e limpas, próximas a estruturas submersas – exatamente o padrão identificado por Daniels com auxílio do forward-facing sonar.
🎯 Equipamentos e Configuração
Informações fornecidas na fonte revelam um conjunto ultralight extremamente balanceado para panfish de grande porte:
• Vara: 7’9’’ (2,36 m) em grafite de ação média-rápida, comprimento ideal para arremessos longos e bom amortecimento durante a briga, indispensável no uso de linhas finas.
• Linha principal: monofilamento 6 lb (2,7 kg), diâmetro aproximado de 0,18 mm, oferecendo elasticidade extra em relação a multifilamento e reduzindo o risco de rasgar a boca delicada do sunfish.
• Leader: não especificado, mas, em cenários semelhantes, fluorocarbono 0,23–0,26 mm é amplamente utilizado por sua baixa visibilidade.
• Isca: micro jig Berkley Atomic Tube de 1/32 oz (0,89 g) na cor chartreuse, incrementado com pedaço de minhoca. O tubo macio cobre o anzol #8 a #6, criando pulsação atraente quando o pescador realiza pequenos toques de vara.
• Eletrônica: sonar Lowrance de imagem direta em tempo real, possibilitando localizar alvos individuais e monitorar a reação do peixe à isca – tecnologia que vem revolucionando a pesca fina de panfish, black bass e espécies pelágicas.
🌊 Condições Ambientais e Localização
O Lago Havasu é um reservatório de quase 77 km² formado pela barragem Parker, no rio Colorado. Com profundidades superiores a 25 m, água cristalina e abundante navegação recreativa, o local exige leitura de estrutura submersa para encontrar peixes fora da pressão de pesca. No dia da captura, Daniels optou por afastar-se 100 yards (91 m) da zona rasa explorada por outros pescadores e investigou uma quebra de declive próxima à foz de um córrego. A marcação em 15 ft (4,6 m) indicou um cardume disperso sobre madeira submersa – habitat clássico para redear de troféu que procura moluscos incrustados nos troncos.
⚙️ Técnica de Pesca Detalhada
Após identificar o alvo, o pescador fez um arremesso leve, permitiu que o micro jig afundasse até o substrato e manteve contato visual via sonar. Sem resposta imediata, executou um único toque (twitch) para suspender a isca a poucos centímetros do fundo, simulando um invertebrado vivo. Esse estímulo provocou o ataque. A briga durou cerca de quatro minutos, período em que o peixe tentou manter-se colado ao fundo – comportamento típico de centrárquidos de grande porte, que usam o corpo alto como “freio” hidrodinâmico. A elasticidade da linha e o comprimento da vara foram decisivos para absorver arrancadas sem ruptura do terminal.
📊 Resultados e Performance
• Comprimento total: 16’’ → 40,6 cm
• Circunferência: 18’’ → 45,7 cm
• Peso na balança certificada: 4 lb 12 oz → 2,15 kg
O espécime supera amplamente a média da espécie, normalmente entre 20 e 30 cm e 500 g. O reconhecimento oficial foi concedido pelo AZGFD na categoria “Catch & Release Record”, que valoriza a devolução do peixe vivo após medição padronizada. Daniels, que mantém dezenas de homologações internacionais, transporta sempre balança e régua aferidas para assegurar a validade dos dados.
🏆 Relevância Competitiva e Histórica
Embora não exista torneio específico para redear sunfish em Arizona, o Lago Havasu já detém recordes mundiais de peso para a espécie. Em 2014, Hector Brito capturou ali um exemplar de 2,87 kg, ainda vigente como recorde All-Tackle da IGFA (International Game Fish Association). A marca de Daniels, por seu formato “catch & release”, adiciona novo capítulo à reputação do reservatório como berçário de panfish gigantes. Guias locais relatam que programas de manejo, incluindo plantio de estruturas artificiais e controle de espécies invasoras, vêm favorecendo o crescimento de grandes exemplares.
⚖️ Legislação e Conservação
Apesar de se tratar de corpo d’água norte-americano, vale ressaltar práticas universais de manejo esportivo aplicáveis também ao Brasil:
• Manuseio com redes de malha fina emborrachada, que evitam perda de muco e danos à barbatana dorsal.
• Uso de balanças com suporte inferior (sling) ou pinça de boca acolchoada, reduzindo lesions.
• Liberação imediata em áreas de menor estresse e oxigenação adequada.
No estado do Arizona, o limite de cota para sunfish é 20 indivíduos/dia; porém, o programa de recorde de captura e soltura do AZGFD exige que o peixe retorne vivo ao habitat, estimulando a cultura do “pesque e solte” – princípio igualmente defendido pelo IBAMA para várias espécies brasileiras de valor esportivo.
🎓 Dicas dos Especialistas
Baseando-se nas informações técnicas disponíveis e conhecimento especializado da modalidade, destacam-se cinco recomendações práticas para quem busca panfish de troféu em reservatórios profundos:
1. Eletrônica de ponta: sonares de imagem direta aceleram a busca e permitem observar a interação peixe-isca em tempo real.
2. Micro jigs versáteis: modelos de 0,5 g a 1,5 g, combinados com cores vibrantes (chartreuse, pink, white), geram contraste em águas claras.
3. Isca natural de apoio: um pequeno pedaço de minhoca, camarão ou marisco melhora o paladar, sobretudo para redear, que possui dieta calcificada à base de moluscos.
4. Linha fina, porém resistente: monofilamento 0,18–0,20 mm oferece absorção de choque; fluorocarbono aumenta invisibilidade em águas translúcidas.
5. Conservação em primeiro lugar: quem almeja recordes deve ter balança, régua e câmara fotográfica prontos para agilizar a medição e minimizar tempo fora d’água.
🔮 Conclusões Técnicas
A captura de Joshua Daniels comprova que o uso estratégico de tecnologia avançada, aliado a equipamentos ultralight bem calibrados, pode resultar em recordes mesmo em locais com forte pressão de pesca. Ao localizar estruturas secundárias afastadas da margem, ler o comportamento do alvo no sonar e apresentar um micro jig naturalizado no fundo, o pescador otimizou a resposta de um redear sunfish fora do padrão. Ainda mais relevante foi a opção pela soltura, garantindo que o espécime continue contribuindo geneticamente para a população e possibilitando futuras quebras de recorde. Para o Brasil, onde espécies como tucunaré-açu e black bass também mostram sensibilidade a táticas de alta precisão, a experiência de Havasu reforça a importância da combinação entre ciência, ética e tecnologia no crescimento sustentável da pesca esportiva.

Imagem: Bob McNally via outdoorlife.com
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